28 de outubro de 2008

Juno, Juno e Juno


Não sei você leitor do blog, mas eu, já não sou adolescente faz tempo. Porém, me recordo com riqueza de detalhes de muitas fases desta época e tenho que assumir que por vezes tenho vontade de voltar atrás, não para mudar nada, pelo contrário, pra reviver novamente todas as emoções.

Sou intensa e até um pouco desequilibrada, mesmo passando dos 20 e alguns, imaginem naquela época. Pra mim ou tudo era um mar de rosas ou era uma dor que não tem fim. O amor então nem se fala. Cada drama, choradeira, desespero, e no momento seguinte a pessoa mais feliz do mundo, realizada e segura. Só de pensar já começo a rir.

Pois bem, a fase já passou, mas quando assisti o filme Juno (Jason Reitman -EUA/Canadá/Hungria-2007), senti uma incontrolável vontade de voltar a ser adolescente. O filme conta a história de Juno MacGuff (Ellen Page), uma jovem de 16 anos super convicta de suas atitudes, que engravida inesperadamente do seu colega de classe Bleeker (Michael Cera), com quem transou apenas uma vez. Com a ajuda da sua melhor amiga Leah (Olívia Thirlby) a garota resolver procurar um casal perfeito para doar o seu filho. Ela conhece Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), um casal em boas condições financeiras que deseja adotar uma criança.

O marido de Vanessa é um compositor de jingles que curte bandas como Melvins e Sonic Youth. A música o aproxima de Juno, que gosta do estilo dele. Após essa aproximação, a garota percebe que aquele casal, teoricamente perfeito, tem problemas e o expectador tem a impressão de que em algum momento a adolescente se envolverá com Mark e a história terá outro rumo. Adianto que isso não acontece, apesar das inúmeras surpresas.

O filme tem trilha sonora indie muito boa, que combina com o astral moderninho da história. O roteiro, escrito pela ex-stripper Diablo Cody, trabalha temas sérios, como a gravidez na adolescência, com humor que chega a ser sarcástico, afinal, como alguém toma a decisão de doar um bebê de forma tão objetiva e simples. Mas mostra também o lado sensível e encantador da juventude, inclusive da garota que só quer resolver seus problemas.

Posso definir Juno como encantador, e afirmo que não só eu, mas muitas pessoas legais que assistiram disseram ter vontade de abraçar alguém no término da sessão. Acho que o espírito jovem, as lembranças da época, e a vontade de ser feliz nos envolve. Tire sua conclusão!

2 comentários:

Leila Ferraz disse...

Eu confesso que saí do cinema querendo distribuir abraços rs rs rs !

Arrasou amiga!

beijos

joaopj disse...

Esse negócio de várias emoções em um curto espaço de tempo, nos dias de hoje tem nome
EMO.
rs