26 de fevereiro de 2009

Minha vida sem mim

Você não fica muito feliz depois de assistir um filme maravilhoso na tv que você começou a ver sem querer, já pela metade, sem nem saber qual era o nome?
Há uns 4 anos, ao ligar a tv para dormir (é, não gosto de escutar o silêncio para pegar no sono), tive a sorte de parar para olhar a tela quando ouvi a voz suave e angustiante de Ann narrando sua história.
As horas de sono que perdi naquela madrugada valeram a pena.

Ao ser convidada para escrever sobre algum filme, este (My Life Without Me/ Mi Vida Sin Mí, Canadá/ Espanha, 2003) foi o primeiro que lembrei. E olha que a única vez que o assiti foi aquela, sem querer e sem pretensão vi um dos melhores filmes na minha opinião. Desde então, o indico para quem quer ver algo diferente, sensível e realmente marcante.

Este filme, que já tem um título instigante, trata da vida da Ann (Sarah Polley) ou do fim de sua vida, pois aos 23 anos, ela descobre que tem uma doença incurável e vai morrer em pouco tempo. Ao contrário do que possa parecer, o filme não é triste e nos faz pensar na vida, não na morte (mas é óbvio que eu chorei muito).

Ann é jovem, porém já é mãe de duas garotinhas, Penny (Jessica Amlee) e Patsy (Kenya Jo Kennedy), ela é casada com Don (Scott Speedman), o primeiro homem com quem ela dormiu. Eles moram num trailer, que fica no quintal da casa de sua mãe (Deborah Harry). Seu pai está preso. Ann trabalha à noite fazendo limpeza em uma universidade, na qual nunca terá condições de estudar. A vida tão desinteressante de Ann não daria um bom filme, né? Ela é uma garota comum. No entanto, não é comum para uma garota de 23 anos receber a notícia de que vai morrer.

Depois de saber do pouco tempo de vida que lhe resta, ela não conta a ninguém e faz uma lista de tudo que deve fazer antes da morte, como falar tudo o que pensar, dormir com outro homem (só para ver como é), fazer alguém se apaixonar por ela (este alguém é interpretado por Mark Ruffalo). É justamente a postura e as atitudes dela que tornam o filme tão cativante. Uma das coisas que mais me emocionou foi ela gravar uma fita com mensagens de aniversário para as filhas até elas completarem 18 anos.

O filme é daqueles que dizem ser parado, silencioso até, mas com uma trilha sonora que faz a alma doer, diálogos que não nos deixam parar de prestar atenção, que ecoam na mente e nos fazem ficar pensando e pensando até quando os créditos já estão subindo na telinha e a música está rolando (música, aliás, muito boa de ouvir: " Sometime Later", Alpha). O filme acaba. A sensacão que ele deixa não.Lembro que depois de assisti-lo peguei um caderno e escrevi muuuuuito... Escrevi sobre mim e sobre as coisas que tinha que fazer antes de morrer também. Fiquei com aquela sensação de saudade de tudo que eu ainda não vi, que nem diz a música. Piegas, eu sei, mas é verdade. Assista e você me entenderá, dá vontade de sair por aí correndo na chuva, de dar um beijo sem motivo na mãe, de viver e ser feliz.

Por Vanessa Dalberto

Observação da Bruna:
Lembram que falei que teríamos convidados?
Pois é, estou supresa com a agilidade dos nossos amigos, que estão empolgados e compartilhando suas idéias e filmes conosco.
Desde já agradeço a todos pelo interesse!

Esse post foi escrito pela jovem ilustradora e designer Vanessa Dalberto.
O que vocês acharam? Se quiserem entrar com contato com ela é só enviar e-mail para xablenga@hotmail.com ou deixar um comentário por aqui.

25 de fevereiro de 2009

Novidade: Nossos convidados

Olá Caros Leitores do Cineopse.

Vocês devem ter acompanhado os eleitos pelo Oscar, a grande festa do cinema, no último domingo e perceberam também que aquela listinha que tinha sido divulgada na imprensa estava mais que furada.
O que vocês acharam dessa edição?
Eu aprovei grande parte dos escolhidos, apesar de ainda não ter assistido o filme campeão que “só” levou 8 estatuetas (vergonha da minha parte).

Mesmo após a premiação, nós não pretendemos parar com as listinhas e temos novidades: convidamos algumas figuras ilustres que curtem o assunto para divulgar suas idéias e listas em nosso espaço.

Confiram no post abaixo a colaboração do pseudo diretor de cinema, com diversos registros no Youtube, João Pejan http://www.sitedafirma.blogspot.com/

As 5 maiores chapações do cinema

Olá amigas do Cineopse.
Antes de mais nada gostaria de pedir licença e expressar a minha honra em participar desse site. As listas estão muito boas e confesso que me fizeram refletir sobre alguns assuntos tipo: canto, danço e bato palmas predileto, caramba, acho que nunca parei pra prestar atenção no canto danço e bato palmas de um filme, mas confesso que em determinados momentos eles realmente emocionam, não é?
Romances prediletos também. Essa lista tenho certeza que as meninas poderiam fazer não só 5 mas 50 filmes que ainda assim não caberiam todos.
Gosto bastante do canto danço e bato palmas e também adoro romances, mas o que me atrai mesmo são as “chapações” no cinema, eu sei você vai se perguntar: chapações, como assim?
Existem várias formas de chapação no cinema, se liga!

Drogados
1 - Candy (Candy/ 2006/ Neil Armfield) – Um casal viciado em heroína se afunda e nem o inferno parece ser o suficiente para eles. Pode parecer clichê um filme sobre drogas, mas esse consegue ser um romance regado de drogas e não só um relato de dependentes químicos. Não dá pra saber se o mal é causado pelas drogas ou pelo “amor-dependência” do casal protagonista. Destaque para atuação de Health Ledger, o cara sempre apavorava.
Piração
2 - Ken Park (Ken Park / 2002 / Larry Clark e Edward Lachman) – Esse filme é o que chamo de piração do cineasta. A primeira cena mostra um adolescente pegando o seu skate, mochila e se dirigindo até uma pista que se chama Ken Park. Ele dá um rolezinho, vai até o centro da mini-ramp, tira da mochila uma filmadora, uma pistola 765, estoura os miolos e ainda registra tudo isso. Me diga não é uma piração?
O filme é chocante e tem várias cenas de sexo, sexo e mais sexo. Me pergunto como o Larry Clark fez pra filmar aquela molecada toda transando e não ser preso. Ah! Larry Clark também dirigiu Kids sucesso nos anos 90.

Que droga esse cara tomou?
3 - Império dos Sonhos (Inland Empire / 2006 / David Lynch ) – Esse talvez seja o filme mais chapação de todos. É David Lynch e não precisa falar mais nada, já que o sobrenome desse cara é piração. Em o Império dos Sonhos não é necessário morte e nem sangue, o cara consegue causar pânico só com a cara de louco dos personagens e efeitos sonoros de arrepiar, sempre que assisto um filme de David Lynch me pergunto que porra de droga esse cara tomou, será que só eu tenho essa impressão?

Fala Sério
4 - Quero ser John Malkovitch (Being John Malkovich / 1999 / Spike Jonze) – Imagina um cara que trabalha em casa fazendo bonecos de cera e ninguém o leva muito a sério. Ele então resolve arrumar um trampo de arquivista. Logo no primeiro dia de trabalho avisam que o escritório é no andar 7 e ½ e que ele precisa trabalhar abaixado o tempo todo. Eis então que o novo funcionário descobre um túnel que o leva para dentro da cabeça do John Malkovitch e de lá de dentro ele começa a controlá-lo. É chapação ou não é? Pra mim isso tem nome: Spike Jonze.

Como assim? Sai da cama
5 - Na Cama (Em La Cama / 2005 / Matías Bize) – Esse filme tem como único cenário uma cama de motel, onde os protagonistas Bruno (Gonzalo Valenzuela) e Daniela (Blanca Lewin) passam os 85 minutos do filme. Eles se conheceram poucas horas antes em um café, e sobre a cama eles fazem amor, conversam, falam sobre seus anseios, medos, inseguranças, dúvidas e esperanças, sempre dentro do quarto. No fim, fica claro que os dois já estão íntimos e nós telespectadores nos sentimos próximos deles também. Pena que ao amanhecer tudo se acaba! Impressionante como o filme prende a atenção.

É isso amigas, essa foi minha lista e se quiserem entender um pouco mais da minha chapação podem me visitar no http://www.sitedafirma.blogspot.com/

Por JoãoPJ

18 de fevereiro de 2009

Nossos " canto, danço e bato palmas" prediletos

E vamos para mais uma listinha. Pra não copiar a MTV e chamar de "Melhor sequência de dança" a gente mudou para "Melhor canto, danço e bato palmas"
Lembrando que essa não é a seleção das melhores canções do cinema e sim dos personagens que literalmente cantam, dançam e batem palmas. Daqueles que quebraram a barreira da leitura de texto e caíram de cabeça na performance! As trilhas marcantes virão depois.


1 - Cantando na chuva (Singin' In The Rain, EUA, 1952 / Gene Kelly, Stanley Donen) - Não tem como falar de números musicais e não falar de Gene Kelly , sim eu sou tiete dele, fã de carteirinha, mas me digam se tem como não ser? As dancinhas nesse filme são TODAS espetaculares e o Gene na verdade foi quem antecipou o lance do me and my umbrella, que mais tarde viraria hit chiclé na "voz" da Rihanna. Esse sim, canta, dança e bate palmas na chuva, com os pés em poças e feliz da vida. Sem deixar de lado as maravilhosas Moses Supposes, Good Morning , Fit as a fiddle e Make them laugh. Ah, também adoro a Debbie cantando Would you, would you e confesso que sei todas de trás pra frente.

2 - The Rocky Horror Picture Show (The Rocky Horror Picture Show, ING, 1975 / Jim Sharman) - Uma sátira aos filmes de ficção científica. Um casal, Janet e Brad (Susan Sarandon garotinha) caem na estrada para visitar um antigo professor e no caminho param num castelo para pedir ajuda - problemas com o carro -, o que eles não sabem é que o dono desse castelo é o Dr. Frank N. Furter, um travesti viscoso do planeta Transexual, da galáxia da Transilvânia. O filme traz personagens bizarros e inesquecíveis como o corcunda Riff Raff, a irmã do Dr. Frank, Magenta e sapateadora chamada Columbia. Entre as maluquices do doutor ele cria o homem perfeito, chamado de Rocky e os números musicais do filme são nota 1000. Atenção especial para a sequência na sala do castelo e para a canção I can make you a man. Esse talvez não seja muito conhecido mas quem se interessar e resolver ver, com certeza vai concordar comigo. O Dr. Frank Furter é um artista completo: canta, dança e sapateia!

3 - Moulin Rouge (Moulin Rouge, EUA / Austrália, 2001 / Baz Luhrmann) - Esse sim é conhecido. Trabalho primoroso de Baz Luhrmann, super frenético, muita música, cores e movimentos. Casal ternurinha Nicole Kidman e Ewan McGregor, a trilha tem participação de figurinhas conhecidas no cenário musical como Bono e Beck. Devo dizer que a primeira cena de dança no salão no Moulin Rouge quando a Satine (Kidman) desce num balanço é belíssima, mas a minha predileta é sem dúvida o Tango de Roxane. O momento like a virgin é incrível também e o medley no Elefante realmente abala as minhas estruturas.

4 - Perfume de mulher (Scent of a Woman, EUA, 1992 / Martin Brest) - Daí vocês exclamam: Mas o Al Pacino nem canta ou bate palmas! E eu me defendo: Não, não canta nem bate palminhas, mas o Frank Slade é cego e manda mais do que bem num tango! Precisa de mais alguma coisa? Pode confessar, dá até aquela vontade de sair bailando pelo salão com o Pacino.



5 - O prisioneiro do rock (Jailhouse Rock, EUA, 1957 / Richard Thorpe) - Ele o rei! Não poderia deixar de figurar em pelo menos uma de nossas listas né, pelo menos não nas minhas. Na minha humilde opinião, esse é o melhor filme do Elvis. Vince Everett (Elvis Presley) é enviado para prisão e lá é protagonista de um dos maiores números musicais da história! Grades, uniforme listrados e o hino "...Let's rock, everybody, let's rock, everybody in the whole cell block, was dancin' to the Jailhouse Rock". E mais uma vez ele antecipou uma tendência. A Alzira (da novela Duas Caras) copiaria anos mais tarde. O Elvis já descia pelo cano em 57.

é isso!

Leila

17 de fevereiro de 2009

Nossos romances prediletos

Nossos romances prediletos

É isso mesmo minha gente, em tempo de Oscar lista pouca é bobagem. Agora sou responsável por lembrar as histórias que já nos comoveram e nos fizeram chorar e sonhar.
Já adianto que não sou uma Charlotte (Sex and The City) de tão romântica, mas sei apreciar uma bela história de amor. Vamos aos amantes.


1 - Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004). A história do casal vivida por Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) não é nada comum, afinal, alguém já apagou definitivamente as memórias de um grande amor e mesmo após a quase lobotomia o encontra e se envolve novamente. Bom, eu não conheço ninguém.
O grand finale se dá após o reencontro, quando eles descobrem que um dia já se amaram e sabem que o relacionamento deles não deu certo, mas mesmo assim resolvem tentar. No corredor do prédio onde mora, Joel usa uma palavra simples, objetiva e mágica: OK, que a meu ver que dizer eu te amo e te aceito do jeito que é.

2 - Diário de uma Paixão (Notebook, The, 2004). Esse é daqueles que você pega a caixa de lencinho Softy’s põe no colo e desaba a chorar. O lindo e intenso romance adolescente de Allie (Rachel McAdams) e Noah (Ryan Gosling), rompe barreiras, preconceitos, tem separações e um final feliz mesmo diante de problemas de saúde da idade. Atenção para o reencontro do casal, quando embaixo de chuva, diante de um lago, ela questiona porque ele nunca escreveu pra ela, sendo que Noah enviou 365 cartas durante um ano inteiro (suspiros da platéia), os dois se abraçam e se beijam apaixonadamente.

3 – Meu Primeiro Amor (My Girl, 1991). Esse eu desenterrei. Lembro que assisti quando criança e na época essa história me emocionou tanto. Vada (Anna Chlumsky) é uma garotinha que conviveu com a morte muito cedo, quando perdeu sua mãe. Ela tem um melhor amigo, o Thomas (Macaulay Culkin), com quem divide grande parte do seu dia. Eis que mais uma tragédia assombra a vida da mocinha, Thomas é picado por abelhas e falece por ser alérgico ao inseto. A menininha não se conforma e dói só de pensar que ela perdeu o seu primeiro amor, com quem inclusive tinha trocado o primeiro beijo. A cena do velório (estilo americano) é uma das piores, ela começa a gritar questionando porque o amigo quase namoradinho está sendo enterrado sem os óculos. Muito triste!

4 – Uma linda mulher (Pretty Woman, 1990). Todas sabemos que esse filme é muito conto de fadas e de um clichê sem tamanho, mas vamos combinar que encontrar um partidão daqueles (rico, bonito e inteligente) é de fazer suspirar até uma tiazinha divorciada e viúva que nem pensa mais em homem. A pretty woman da vez é Vivian (Julia Roberts), uma prostituta contratada por Edwards (Richard Gere) um homem de negócios rico, para passar a noite em um hotel de luxo em Los Angeles. O todo poderoso se envolve pela simplicidade e beleza de Vivian que mesmo sem querer se apaixona por ele. O final é dos melhores, com direito a flores, “cavalo branco”, declaração de amor e beijo na boca.

5 - Romeu e Julieta (Romeo + Juliet, 1996). Essa história eu nem preciso contar, clássico dos clássicos de Shakespeare que até minha vizinha de 5 anos conhece. Os jovens Romeu (Leonardo DiCaprio) e Julieta (Claire Danes) são de família rivais, se apaixonam perdidamente, tentam uma fuga frustradas com simulação de uma morte que acontece realmente. Sim, é isso mesmo, os dois se matam por amor, já que em vida não podem ficar juntos. A adaptação que menciono aqui é bem moderninha e atual. Detalhe na cena do aquário, onde os dois se conhecem e trocam olhares que dizem tudo.

Ah, eu sei que nessa lista faltam muitos filmes, mas não tem como colocar todos. Só vou citar mais um casal que arranca delírios, Carrie e Mr. Big. Pronto, chega! Pegue seu pretê e corra para o sofá com lencinho, pipoca e muitos beijos.

16 de fevereiro de 2009

Nossas mortes prediletas

Oscar já me lembra lista, que remete á favoritos que leva à escolhas difíceis. Brincando de membros da Academia, nós resolvemos fazer as nossas listas de prediletos.
Foi cruel determinar a quantidade em cada lista, 5 apenas, mas mesmo assim vamos encarar o desafio ( proposto por nós mesmas rs!)
Nessa primeira fase eu fiquei responsável pelas melhores mortes na telona ( eu Leila tá gente) e minha amiga Bruna ficou com os 5 melhores filmes de amor ( ai ai ) .

Já aviso antes que 5 é um número até injusto para escolhermos , por outro lado se formos colocar todos os que amamos ficaríamos no mínimo 3 vidas fazendo essas listas.

Então vamos às mortes!



1 - Blade Runner ( Blade Runner , EUA 1982/ Ridley Scott) - A morte do replicante Roy Batty (Rutger Hauer) é inesquecível para os fãs de Blade Runner ( ou de Ridley Scott, como queiram) , sofrendoo e enxergando aquela luz branca que insiste em aparecer quando estamos pra cruzar pro lado de lá , e solta essa: “Todos esses momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva.” E, antes de dobrar o cabo da boa esperança diz : “Hora de morrer”.


2 - Psicose ( Psycho , EUA 1960 / Alfred Hitchcock) -Equação: Alfred Hitchcock + Janet Leigh = uma das mortes mais espetaculares e tensas do cinema! Norman Bates( Anthony Perkins) esfaqueia a coitadinha da Marion Crane (Janet Leigh) quanto ela toma banho. Essa é daquelas cenas que você termina de ver checando se não há sangue pelo chão e se você não levou nenhum golpe também... fantástica!

3 - Cassino ( Cassino, EUA 1995 / Martin Scorsese) - O personagem Nicky Santoro ( Joe Pesci ) é espancado até a morte com tacos de beisebol... depois largam o coitado numa vala. Pô e ele era até engraçadinho no filme. Cretino, safado, ambicioso e mentiroso, mas bem humorado!




4 - O Poderoso Chefão ( The GodFather, EUA 1972 / Francis Ford Coppola ) - A cena do pedágio com a morte de Sonny Corleone ( James Caan) depois de levar uns 50 tiros equanto está no carro, o cara leva mais 50 quando sai e finalmente morre.... Pura violência mafiosa !!




5 - Kill Bill ( Kill Bill , EUA 2003 / Quentin Tarantino) - Na boa, todas as mortes nesse filme são ótimas! Não dá pra eleger uma, isso seria injusto! Mas o ponto alto de todas as mortes é sem dúvida o fim do Bill , no volume II.. ( eu odiei ele o filme todo, tadinha da Uma.. ) enfim o cretino teve o que mereceu, e com requintes Tarantinos de crueldade.



É isso aí , eu sei que reclamações virão mas fazer what né!
beijos,

11 de fevereiro de 2009

E o carequinha vai para ?

Eu costumo dizer aos meus amigos que em tempos de Oscar eu me sinto muito 3º mundo. A lista mais aguardada do ano ( para alguns é claro) com as indicações de melhor filme , sai e na maioria das vezes alguns dos selecionados nem chegaram por aqui. Daí a gente tem que apelar né, ler tudo o que puder e hoje contar com o recurso " baixar na net".
Por sorte esse ano foi super diferente e alguns filmes apareceram por aqui antes da lista da Academia. Mais legal ainda foi a discussão que essas indicações causaram, polêmicas e indignações! Onde já se viu, o filme mais comentado do ano ( Batman - O cavaleiro das trevas) ficou fora das indicações de melhor filme e diretor!?!?!?
Não vou entrar nesse mérito e se tudo der certo pretendo dar meu parecer dos indicados o mais rápido possível ( sim, consegui ver todos dessa vez , antes da festa).

Vou começar com a maior surpresa na categoria melhor filme , O Leitor (The Reader, EUA/ Alemanha, 2008). Eu digo surpresa pois foi justamente essa produção de deu um chega pra lá no morcegão. Eu li bastante sobre a repercussão do filme, há quem diga que ele só figura na lista por conta de um grande trabalho de divulgação de Harvey Weinstein , ninguém menos que o dono da Weinstein Co., produtora do filme. Há quem discorde dizendo que o enredo é sensacional ou ainda que só está lá porque nossos amigos da Academia a-do-ram um histórinha sobre o holocausto.

Divergências à parte, vamos ao filme. Acompanhamos a história de Michael Berg ( David Kross) que se apaixona e se envolve com uma mulher mais velha , Hanna Schmitz ( Kate Winslet).O rapaz tem 15 anos e rola toda aquela admiração e surpresa pelo novo , afinal de contas a mulher ensina tudo à ele, TUDO mesmo. O affair é lindo por um verão, eles se encontram na casa dela e antes de irem para a cama , ele lê pra ela, daí o título do filme. Tudo ia bem até o dia em que ela some da vida do rapaz, e arrasa o coração do mocinho. Anos se passam, e vemos nosso Michael um estudante de direito que vai acompanhar um julgamento pela primeira vez. Normal se não fosse por o caso em questão ter no banco de réus a própria Hanna, acusada de matar 300 judeus durante o holocausto.
Bom, essa história toda é contada por Michael na versão adulta ( interpretado por Ralph Fiennes), que tem a vida completamente modificada por esse caso juvenil.
O filme tem uma temática ótima, romances assim rendem dias de discussão, o problema é que o diretor Stephen Daldry ( em seu 3º longa) parece se perder diante de tanta informação.São várias histórias ( o romance, o julgamento , os motivos) que de certa forma vão se acumulando mas não se completam. Isso para mim é a parte ruim, coisas novas acontecem e ao mesmo tempo parecem não alterar em nada o que estamos vendo.

Mas calma minha gente, vamos agora a parte boa da história. O longa coloca em questão nossos valores, até onde iríamos para esconder um segredo. Em cheque também nossos julgamentos e o que é importante para mim e parece ser nada para você. Nossa protagonista não sabe ler e isso determina todas as decisões dela, mas a moça não admite isso jamais. Daí você pensa "mas que estúpida, é mais fácil assumir que é analfabeta a ser presa" ( vocês verão a ligação disso no filme). E isso mexe com a questão de valores e julgamentos, ponto pro filme! Quando Michael tem a chance de dizer ao júri que a moça é analfabeta e talvez aliviar a sentença dela, e não o faz, muitas dúvidas aparecem. Afinal, se ele a ama tanto por que não ajudá-la? Por outro lado, será que ela é mesmo culpada por todas essas morte!? E aí? É justamente por nossa mania de julgamentos que tomamos decisões que alteram (pra pior ou melhor) a nossa vida inteira.
Durante o filme, eles ficam anos sem se ver e é justamente nesse momento que o filme se divide. O ápice é mesmo o julgamento, a gente fica na dúvida se Hanna é ou não culpada pelos crimes.


Vocês vão ver que há momentos " soco no estômago" na produção , e as vezes é notória a semelhança com um outro filme de Stephen, As Horas, com levadas de diálogos lentos, cansados, e exploração total da protagonista (como ele fez com Nicole Kidman).
O roteiro é bom , baseado no romance de Bernhard Schlink , a atuação de Kate é louvável, sensacional! A história não seria a mesma sem o talento dessa inglesa. A indicação de melhor atriz é justíssima!

Ah, resumindo, vale muito a pena assistir! E não pensem que eu estou ficando louca, tenho minhas críticas mas gostei, e muito, do longa.

O filme foi indicado nas seguintes categorias: Melhor filme, direção, atriz, fotografia e roteiro adaptado. Eu sinceramente acho que ela leva o de melhor atriz, vamos ver.

beijos

6 de fevereiro de 2009

Já estou rebobinando


Agora sim, chegou a vez de falar do filme.
Chega de rodeios, vou contar pra vocês minha impressão sobre o Rebobine, Por Favor (Be Kind, Rewind, 2008 – Michel Gondry).
Trata-se de uma comédia para apreciadores de cinema que também são contra a indústria da banalização.
A história gira em torno de uma locadora de VHS. O dono dela interpretado por Danny Glover percebe que o seu negócio está ultrapassado, que as lojas locam filmes em DVD e ele precisa com urgência de dinheiro para pagar uma reforma no seu prédio exigida pela prefeitura.
O personagem vai viajar para entender como funciona as grandes redes que alugam filmes. No seu lugar assume o controle do estabelecimento o ajudante Mike (Mos Def) que é amigo de um morador de ferro velho, o Jerry (Jack Black).
Jerry não bate muito bem da cabeça e após uma grande trapalhada desmagnetiza por acidente todos os filmes da locadora, ou seja, as pessoas alugam os filmes e quando vão assisti-los não tem nada.
De uma forma totalmente cômica os dois amigos decidem regravar as produções e começam por Caça-Fantamas, clássico dos anos 80. No dia seguinte gravam A Hora do Rush, com a colaboração de uma moradora do bairro que trabalha em uma lavanderia.
Os filmes acabam fazendo sucesso, e o processo denominado por eles de suecagem rende alguns dólares. A demanda aumenta e os moradores participam das gravações que utilizam técnicas e truques que soam bizarros nos dias de hoje. Só pra ter uma idéia eles gravam Rei Leão, Robocop, Conduzindo Miss Daisy, Uma Odisséia no Espaço e muitos outros.
Após o sucesso da suecagem os jovens viram estrelas no bairro e o filme tem uma reviravolta que eu fiquei na dúvida se deveria contar ou não. Optei por não contar pra dar mais suspense.
Na minha opinião as cenas finais mostram que quando as pessoas se juntam em um projeto coletivo com o coração, os sonhos podem se tornar realidade. Por essa frase vocês devem imaginar que o filme tem um final emocionante que nada tem a ver com amor. É isso mesmo, apesar de toda piração e palhaçada a história tem um lado crítico que deve ser levado em consideração.

Observação interessante: O diretor proibiu que qualquer ator assistisse novamente os filmes que foram “suecados”. As recriações deveriam partir das lembranças que cada um tinha.

Viagem no Tempo na São Paulo Modernete


Nossa faz tempo que não passo por aqui, aliás, na minha modesta opinião esse blog começou o ano com poucos posts não é mesmo Dona Leila?!
Posso me justificar dizendo que não estou assistindo muitos filmes, que andei sem inspiração e que com esse calor nordestino dá vontade mesmo é de ficar no bar com o copo na mão.
Bom, pra compensar essa ausência escrevi dois posts, pois loucura pouca é bobagem (ouvi essa frase hoje e tem tudo a ver com o filme que vou contar). Mas antes de escrever sobre o filme vou falar de uma sala de cinema. É isso mesmo, tomei a liberdade de usar esse espaço para discorrer sobre o Gemini, um cinema antigo, na Avenida Paulista, que mantém uma estrutura mega retrô.
A viagem ao passado começa na bilheteria, com uma única moça no atendimento que lhe vende um bilhete daqueles antigos, pequenos e coloridos (ele não é impresso em computador).
Subindo a escada que dá acesso às salas, tapetes coloridos em tons quentes como vermelho e frios como azul invadem o campo visual, sofás espalhados para o público aguardar e música clássica rolando conferem um visual vintage ao local.
As salas do cinema são amplas, com poltronas vermelhas brilhosas (sem encosto para copo), ar condicionado bem fraco e casais namorando nos cantos (nessa hora eu senti falta do lanterninha). Antes do filme não passam propagandas intermináveis, apenas trailers, dois ou três no máximo. Ah, não posso esquecer da pipoca que tem a opção com ou sem manteiga e do docinho cortesia.

Entrar no Gemini lembra infância, época em que minha mãe me levava no cine São Geraldo, na Penha, para assistir filmes da Xuxa, como o Lua de Cristal, comendo bolacha recheada de chocolate.

Aproveitem! É um dos poucos lugares em São Paulo que não têm fila.

Gemini - Avenida Paulista, 807 - Metrô Brigadeiro