23 de janeiro de 2010

Dobradinha que não deu certo

O mundo está cheio de ótimas parcerias, duplas, trios e grupos. As parcerias não se limitam apenas ao âmbito amoroso, elas são de trabalho, musicais, de escrita, enfim, de diversas maneiras. O que pouco se fala são das péssimas influências que algumas dessas dobradinhas exercem sobre a sétima arte. Meu foco nesse texto é o talentoso diretor britânico Guy Ritchie. Só pra refrescar a memória o moço é ex da rainha do pop, a mundialmente conhecida Madonna.

Vamos aos fatos: Quando Guy despontou para o estrelato, em 1998, com "Jogos, trapaças e dois canos fumegantes" (Lock, stock and two smoking barrels) de cara foi apontado como promissor. Tinha seu estilo né, aquela marquinha que define um diretor, que o caracteriza. No caso dele, a gente já via uma semelhança no próximo trabalho, o ótimo "Snatch - porcos e diamantes (Snatch) que veio em 2000 e trazia Brad Pitt no papel de um cigano meio estranho com um sotaque mais estranho ainda.

Tínhamos aí uma promessa até... bem até o moço de envolver com a moça citada anteriormente. Pelo amor de Deus gente não estou dizendo que a culpa é dela hein, não tenho absolutamente nada contra a Madonna. Só chamo atenção para o fato da estrela do britânico ter se apagado depois da união. Ele veio com "Destino Insólito" (Swept Away, 2002) que trazia a patroa no papel principal e atirou o nome de Guy num poço lamacento, dando início à uma fase de sombras e trevas (adoro fazer drama!!!!). Tem união que simplesmente não funciona, ao menos não para o cinema.

Depois disso nunca mais se ouviu falar de Ritchie (não o da Menina Veneno ok, o outro Ritchie). Quando tudo parecia perdido eis que ouvimos rumores de uma separção e BUM! Guy sai da sombra de Madonna e volta a boa forma! Seguindo uma receita dele mesmo, personagens excêntricos com sotaques estranhos e o submundo londrino, o diretor nos apresenta em 2008 o bacaníssimo "Rock´nRolla -a grande roubada" (RocknRolla). Com Gerard Butler no papel de um marginal, o filme marca o volta de Ritchie como diretor e roteirista reafirmando todo o talento do moço. Marcação vibrante, personagens fortes e coloridos, trilha sonora marcante... That´s Guy.

Bom pra nós né. Agora é só ficar de olho na próxima mocinha que vai fisgar o coração do moço. Tomara que isso não nos afete (novamente!) e ,se afetar, que seja de uma forma super positiva.
beijos

10 de janeiro de 2010

Boa e velha fórmula Disney

Tudo o que sai dos estúdios Disney sempre foi motivo de celebração pra mim. Desde pequena quando via e sonhava com os príncipes das histórias clássicas, tenho minha princesa, príncipe e conto de fadas predileto. Tenho também minhas trilhas Disney favoritas.Enfim, para mim , Disney é sinônimo de sonhos. Fui ver a nova animação do estúdio, "A princesa e o sapo" (The princess and the frog, EUA 2008).

Tiana é a primeira princesa negra da Disney, é pobre e tem uma família muito unida. Tem também uma amiga, Charlotte, rica, mimada e divertidíssima. No novo conto, o reino encantado cede lugar ao bairro French Quarter, em Nova Orleans o berço do jazz. A princesa indefesa é uma trabalhadora viciada que junta cada centavo para realizar seu sonho de abrir o próprio negócio. O príncipe é um sapo falido e a bruxa agora é um feiticeiro de vudu.

A fórmula é a mesma criada pela própria Disney, mas que nunca envelhece. A trilha sonora é deliciosamente embalada pelo jazz, há coreografias, cores, bichinhos falantes e a grande moral da história. Enfim, diversão para toda família. Nota: o príncipe é um figurão rs!

O mais legal é que, em tempo de animações 3D quando as crianças ficam enfeitiçadas por desenhos japoneses, a Disney voltou ao bom e velho traço 2D, o desenho "normal" que consagrou o estúdio há muitos anos atrás.Em sua jornada, nossa heroína faz vários amigos, um mais divertido que o outro. O longa trata de sonhos, da importância de sonhar por mais feia que esteja a situação. De se conhecer, de se saber o que quer e correr atrás dos objetivos. Tudo de bão!

Recomendado. Como eu disse, Disney é sinônimo de sonhos.
beijos

7 de janeiro de 2010

Sobre meninos e lobos

Estava no domingão em casa quando minha mãe disse que queria ver um filme. Mas ela queria algo que prendesse sua atenção, que a fizesse ficar vidrada na telinha, bolando mil teorias e tudo mais. Fui dar uma olhada no que tinha disponível em minha querida coleção e lancei mão de uma obra de Clint Eastwood, “Sobre meninos e lobos” (Mystic River, EUA 2003). Já tinha visto há longa data esse filme mas mamãe ainda não , portanto, resolvi acompanhá-la.

Tenho que dizer que esse filme deveria estar aqui no Cineopses há eras, mas ... acontece né. A trama conta a história de três amigos de infância Jimmy (Sean Penn), Sean (Kevin Bacon) e Dave (Tim Robbins), têm suas vidas alteradas devido a um fato ocorrido na infância. 25 anos depois eles se reencontram para desvendar o mistério que envolve a morte da filha mais velha de Jimmy. Sean é agora um detetive encarregado das investigações. Jimmy se transformou no “dono do bairro” e Dave é um cara pacato que todos julgam como “lélé”.

Essa tragédia da infância é o que dita todas as ações na vida dos três, o filme envolve a gente no mistério e permite milhares de interpretações até seu desfecho. O longa é baseado no romance de Dennis Lehane e tem a sempre competente direção de Clint Eastwood , que assina também a produção e a trilha sonora. O cara é sensacional.

A minha mãe nem respirava se a gente não lembrasse. Devo dizer que o filme prende, não é cansativo nem cheio de teorias mirabolantes para justificar o que vai acontecendo durante os 137 minutos de duração. Há personagens coadjuvantes que são fundamentais para o filme. A participação de Marcia Gay Harden como esposa de Tim Robbins é louvável. Ela traz um misto de loucura, desconfiança e tristeza à sua Celeste que não dá pra imaginar o filme sem ela. Laura Linney e Laurence Fishburne mandam muitíssimo bem também!

Super indicado se você quer se prender à uma história e bolar desfechos. Além de trazer todo mistério e clima de investigação, o filme aborda delicadamente relações como amizade e família. A mesmo tempo que a amizade pode ser um laço inquebrável entre as pessoas, pode ser também algo frágil , condenada por uma ação impensada. A mensagem é: Como uma decisão pode mudar pra sempre a sua vida.

Enfim, confiram e voltem para contar. Ah, não posso deixar de registrar minha “admiração” por Sean Penn. Tudo que o cara faz é bem feito (só os casamentos dele que não né, mas isso são outros 500). Papéis cada vez mais diversificados com interpretações ótimas. Palmas pra ele!

Ah, a dona Rosa adorou a indicação! Ponto pra mim!

beijos