2 de março de 2011

O Ritual

Histórias que prometem revelar os "segredos do Vaticano" me intrigam sabia. Gosto muito de ler sobre elas, me deixam com um montão de dúvidas e a cabeça com várias coisas pra pensar por dias. Mas, antes que alguém pergunte, odiei o "Código Da Vinci".

Esse interesse me levou ao cinema hoje (desculpa esfarrapada rs) para conferir O Ritual (The Rite, EUA 2011). Não esperava muita coisa não sabe, mas quando li a seguinte frase "baseado em fatos reais" meu coração se encheu de alegria !!

Michael Kovak (
Colin O´Donoghue) decide virar seminarista pra não ter que continuar a trabalhar com o pai na funerária da família. Vocação ao celibato? Que nada, o plano era estudar 4 anos às custas da igreja e quando a hora de se ordenar padre chegasse cair fora. Papai contente, filhão esperto mais ainda, lá se vai Michael. Ao fim do período o moço pede pra sair mas recebe uma proposta. Fazer um curso sobre exorcismo no Vaticano.


Ainda não li o livro em que se baseia a produção ,"The Rite - The making of a modern exorcist, de Matt Baglio" mas pretendo fazê-lo logo. Enfim, houve uma época em que a igreja queria que todas as dioceses tivessem um exorcista. Por isso, resolveram ministrar um curso para exorcistas em potencial. Nesse bolo estava o moço Michael que sempre desconfiou disso por achar que as pessoas "possuídas", na verdade, sofriam de distúrbios psicológicos, e o jornalista Matt Baglio (que no filme virou a Alice Braga e ganhou o nome de Angelina). O livro é o relato do jornalista, de tudo o que ele viu e ouviu enquanto andou com os padres.

O jovem Michael é enviado para "trabalhar" com um padre nada ortodoxo e PHD em exorcismo. Hannibal Lecter, quer dizer Anthony Hopkins, dá vida ao Padre Lucas que vai ensinar os meandros da possessão, tentando quebrar o cetismo que acompanha o jovem e ajudá-lo a "descobrir" sua vocação. Não vou ser óbvia é dizer que Hopkins arrasou na caracterização do sarcástico e simpático padre.

O filme propõe um debate sobre a fé e deixa no ar a discussão sobre a maldade , que é vista como obra do diabo, e que na verdade é intrínseca ao ser humano. É claro que o filme tem alguns clichês (como todos do gênero) mas entre mortos e feridos a produção se salva viu. Nada de cabeças girando, violência ou coisa do tipo. O que temos é um bom suspense que prende do início ao fim. Bons diálogos e uma fotografia interessante também.

O longa do diretor sueco Mikael Häfström é honesto e não subestima a nossa inteligência, respeita o público. Se você gosta do gênero vale a pena conferir. Se estiver receoso pois não gosta de sustos pode ir também. Você não vai pular mais que uns 3 palmos da cadeira (brincadeirinha!!).

beijo

2 comentários:

Giz disse...

Anthony Hopkins tah no meu top 5 atores! Tinha visto um trailler dele na TV... Promete ser um grande filme!

Anônimo disse...

Saudade de passar por aqui.
Bom ver que você tem alimentado com dicas sempre preociosas.
Bjos,
Bruna